terça-feira, 27 de julho de 2010

Sobre a idade.

Não tenho medo dos trinta. Bem, nem posso, já estou nos trinta. Acho que estou muito melhor agora. Talvez até mais interessante do que quando tinha 15 ou 20. O auto-conhecimento e o amadurecimento que os anos trazem fazem um grande bem. Grande parte dos meus sonhos já foram realizados. Outros ainda a sonhar. Mas, tenho certeza que quando voltar desta temporada na Europa um ciclo se fecha e outros começam.

domingo, 25 de julho de 2010

Bolo de chocolate.

Existem várias maneiras de comemorar o aniversário, mas quando se está longe da família e dos amigos muitas vezes estas datas especiais acabam trazendo um pouco de saudade e tristeza. A minha comemoração teve um pouco de saudade, mas não tristeza. Também foi simples, mas muito acolhedora.

Passei não só o dia do meu aniversário, mas todo o final de semana com uma nova amiga e com sua família. E a família da Katharina tem muito a ver com a minha. Seus pais têm uma fazenda de vacas leiteiras no interior da Áustria, perto de Linz. Eles têm seis filhos (três meninas e três meninos). O opa e a opa moram ao lado. A casa é linda, grande e bastante aconchegante. Sem contar na linda paisagem rupestre.

Visitamos um museu muito interessante relacionado com os sentidos. Este museu também tinha uma exposição sobre cervejas e descobri que as cervejas produzidas aqui possuem um percentual de flores. À noite jantamos um prato típico alemão com amigos de infância de Katharina. Na verdade na tábua tinham várias comidas típicas. E o detalhe que os amigos da Katharina eram todos escoteiros. Uma vez escoteiro sempre escoteiro.

Comi comida da “mamãe” e até ganhei um bolo de chocolate de aniversário. Agradeço muito a acolhida, podem ter certeza que me senti em casa no final de semana. Tudo isso me fez lembrar o quanto a família e os amigos são importantes. A minha com certeza influenciou muito no meu caráter e em toda a minha formação. Obrigada e saudades.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Feliz dia do amigo.

Resgatei um lindo poema do Vinicius de Moraes para postar no blog falando sobre a amizade já que ontem foi o dia do amigo. Desisti. Achei lindo, mas é do Vinícius.

Quero dizer apenas um sincero: “Muito Obrigada” para todos aqueles que compartilham comigo as alegrias e as tristezas. Os trabalhos e as horas de lazer. Que já ouviram as minhas histórias e que fizeram parte destas histórias. Todos vocês com certeza tornam a minha vida mais colorida e alegre.

Barcelona

Não encontrei a palavra certa para descrever Barcelona. A cidade não tem a história de Roma, as praias de Trapani e as montanhas de Innsbruck. Mas, é repleta de obras de Gaudi, Picaso e Miró, tem algumas praias do Mediterrâneo e duas montanhas que permitem ter uma bela vista da cidade.

Gaudi foi um grande artista espanhol, bastante religioso e que se inspirava na natureza para produzir suas obras primas. A principal é o cartão postal da cidade, a igreja da Sagrada Família. Ainda não está pronta e sabe-se lá quando vai ficar, mas cogita-se para entrar entre as sete maravilhas do mundo. O Parque Guell também tem bastante presente sua marca e é um bom lugar para uma caminhada.

As praças da Catalunya e da Espanha são bonitas e vale a pena uma passagem por lá. Principalmente no Museu de artes modernas, de onde se tem uma bonita vista da Praça da Espanha.

Do alto do teleférico de Montjuic pode se visualizar quase toda a cidade: o anel olímpico, a Sagrada Família, a torre Agbar, as praias, o porto. Este último tem grande importância mercantil e turística para a Europa. Um lindo pôr do sol fechou o dia no alto do Montjuic.

A cidade foi totalmente reformulada para a Olimpíada de 1992. Por isso, os jogos olímpicos estão presentes em todos os cantos da cidade. O anel olímpico, o porto olímpico, o estádio olímpico, o local de saltos ornamentais. Sem contar que há muitas quadras para a prática de diferentes esportes.

O Tibidabo é outra montanha da cidade e que abriga um parque de diversão. O parque infelizmente estava fechado no domingo. O museu de Picasso conta toda a história do artista retratando suas diferentes fases (a azul, a rosa, as meninas, etc...). Também visitei o aquário, que é um lugar fascinante para todas as idades, tem vários peixes e ainda um túnel de 80 metros que você passa e vê os tubarões.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Coincidência?

Na segunda-feira, voltando do meu final de semana estendido, perdi o trem de Munique para Innsbruck por que o caixa não aceitou que eu pagasse no cartão. Até tirar dinheiro e voltar para a fila não dava mais tempo de pegar o primeiro trem. Tudo bem, apesar de estar cansada pego o próximo que sai uma hora mais tarde, mas é direto.

Comprei um subway com o dinheiro que restava na carteira e fui esperar o trem. Na fila de espera uma pessoa vem em minha direção e me chama pelo nome. Era nada menos que o meu professor. Bem, e agora a pergunta fatídica. Carine, o que você está fazendo em Munique? Estou voltando de Barcelona, respondi. Já esperando um puxão de orelhas...

Para encurtar a história, desde que cheguei tive dificuldade em marcar reunião, pois ele sempre estava cheio de compromissos. E as reuniões sempre foram "short meeting" só para eu mostrar o que eu estou fazendo e tirar algumas dúvidas.

Neste dia, passamos duas horas conversando sobre vários assuntos. Além de falar sobre o meu projeto, ele me contou um pouco da sua vida, seus estudos e sua ida para o Brasil. Tem coisas que realmente não tem preço e que não se aprende na escola e nem nos livros.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Interior da Alemanha.

O final de semana que passou foi bastante diferente do anterior, mas também uma grande experiência. Fui com Beate (uma colega da Umit) e Andreas (marido dela) acampar na casa de campo dos pais dela que fica no interior da Alemanha no vilarejo de Kleinleinungen.

A semelhança ao interior do RS é muito grande. Extensas plantações de trigo, mato, lagos e algumas árvores frutíferas. O lugar não tem energia elétrica e água encanada. Tomamos banho tcheco e usamos a “patente”. Só quem já foi para o interior sabe o que é isso.

Era aniversário do Dirke (irmão de Beate) e havia outros casais lá. Foi interessante conhecer um pouco mais sobre como eles vivem e pensam. Aproveitei para lembrar como é bom colher as frutas das árvores e come-lás fresquinhas. Também tinha três crianças e matei um pouquinho a saudade dos meus sobrinhos. Achei as crianças alemãs um pouco apáticas. Ou será que são meus sobrinhos que são super ativos?

Também subimos a montanha Brocken, que é o ponto mais alto do norte da Alemanha. E passamos uma parte do dia em um lago. Estamos em pleno verão agora e sim faz calor aqui. O final de semana foi muito quente, em torno de 30 graus ou mais.

Na volta para Innsbruck passamos na casa do irmão dela na cidade Erfurt, que pertence a região da Turingia. Duas coisas interessantes da cidade são as igrejas católica e protestante (uma ao lado da outra) e um hotel onde foi o primeiro encontro dos governantes para a unificação da Alemanha.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Cardápio do dia!

Aqui você não precisa checar o cardápio para saber qual será o prato do dia. O menu é porco, batata e maçã.

Brincadeiras a parte, isso é verdade em pelo menos cinco dias da semana. Raramente se come arroz e a carne de gado é muito cara. Também não é tão saborosa como no Brasil.

O porco eu dispenso. Mas a batata é preparada de várias maneiras e algumas muito saborosas.

Suco de maçã e apfelstrudel também não são meus prediletos. Sou mais um croissant de chocolate.

Junior Scientist.

Crachá, mesa, sala, chave, email e agora na página da Umit!

http://www.umit.at/page.cfm?vpath=departments/public_health/institute_of_public_health_medical_decision_making_and_hta/staff_d/carine_blatt_d

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Não é tão fácil quanto parece.




Horário de verão é bom em qualquer lugar e ainda mais aqui quando tem sol. Ontem à noite Úrsula e Katharina me convidaram para andar de patins. Pelo que lembro a última vez que andei tinha 7 ou 8 anos. Topei para tentar algo diferente, mas sabia que não seria fácil.

Foi legal ver como eles organizam os passeios. Tinha carro de som, guardas que fecham as ruas e mais de 50 pessoas. Aluguei um par de patins com direito a todos os equipamentos de segurança. No início não sabia nem se conseguiria ficar em pé. Devagarzinho, mas bem devagarzinho consegui evoluir um pouquinho.

Com Katharina de um lado e Úrsula de outro consegui percorrer talvez um quilometro dos 16kms do percurso. Não sem antes quase derrubar as três. Por pouco não caímos numa curva após uma longa descida. Cheguei a suar de nervosa pois não sabia parar. Quando começou a curva foi Katharina para um lado e Úrsula para o outro e eu no meio segurando a mão das duas. Depois disso, andamos mais um pouquinho e nos separamos do grupo para voltar ao ponto de partida.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Uma pequena amostra do mediterrâneo!



Fui com um amigo brasileiro para Trapani no final de semana que passou. Vocês não sabem onde fica Trapani, nem eu sabia. Mas é uma pequena cidade na costa da Sicília (Itália). Comprei a passagem por que tinha vôos baratos para lá. Depois quando encontrei o Rafael em Innsbruck ele resolveu ir comigo. Ainda não tinha viajado por aqui e estava muito feliz por encontrar alguém que fala português. Como eu fiquei quando meus pais, meu irmão e minha cunhada chegaram.

Tivemos uma grata surpresa e um ótimo passeio. No sábado, depois do meio dia, ao chegarmos em Trapani ficamos um pouco preocupados pois a cidade parecia abandonada, não havia quase ninguém na rua e a maioria das casas estavam fechadas. Pegamos emprestadas duas bicicletas do hostel e fomos conhecer a cidade. Passeamos pelo litoral, pelo porto, algumas igrejas e um pequeno centro histórico. A cidade não é bonita, mas a principal atração não é ela e sim o mar que com seu arco-íris de azuis encanta qualquer um. Ao final do passeio graças a uma visita a um centro de informações turísticas e a uma solicita atendente decidimos fazer dois passeios. Estes dois passeios foram espetáculos de belezas naturais.

No domingo conhecemos duas ilhas próximas a Trapani. Favignana e Levanzo são rodeadas pelas águas calmas e cristalinas do Mediterrâneo. O colorido dos barcos se mistura ao arco-íris de azuis formando uma linda paisagem. Ao fundo pequenas casas “literalmente quadradas e em tons pastéis” dividem espaço com morros com nenhuma ou pouca vegetação.

Na segunda fomos para San Vito lo Capo e pagamos um barco que passou por toda a extensão da a reserva de Zíngaro e foi até Scopello. Neste percurso estão inúmeras prainhas desertas, de água quase transparente. Era possível avistar a olho nú por cima da água os peixes e o fundo do mar há mais de 20 ou 30 metros de profundidade.O barco ainda fornecia pé de pato e máscara para mergulho. Eu estava com um pouco de medo do mergulho, pois como nasci a 500 km do mar ainda não tenho tanta intimidade com este e minha primeira experiência de mergulho não tinha sido muito boa. Mas foi fantástico, até me surpreendi comigo mesma, sai como um peixe nadando pela costa.

Para finalizar o passeio, na volta para Trapani, paramos em Erice, uma cidade medieval intocada pelo tempo, com labirínticas ruas de pedra, charmosas casinhas, restaurantes e igrejinhas. Erice fica no alto de uma montanha e a subida é de teleférico apreciando a vista. Lá de cima dá para avistar Trapani, as ilhas de Favignana, Levanzo e Marettmo e também uma parte do morro de San Vito lo Capo. Um antigo castelo no topo do morro deixa a vista ainda mais bonita.

Um ótimo passeio, uma linda amostra do Mediterrâneo, com muito sol e um arco-íris de azuis, onde com certeza o azul ciano foi o mais lembrado.