segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Where are you from?

É incrível como cada viagem parece ser sempre a primeira. No início tinha um pouco de resistência em viajar sozinha, mas hoje percebo que quem viaja sozinho quase nunca está realmente sozinho. E que a bagagem de volta é sempre muita maior que a de ida.
Pessoas vão e vem durante a viagem. Algumas por alguns minutos e outras por algumas horas. Esperando a conexão para Madrid já conheci uma paulista. Visitei dois museus com a companhia de um pintor espanhol. Fui para Toledo com Matt, um inglês e professor de arte.
Conheci em Lisboa um carioca tarado muito engraçado (Leandro perdi o seu email). O Bruno (dona da agencia do tour que eu fiz em Lisboa) me deu uma aula de história e economia durante o jantar. A Marta a guia do tour era jornalista esportiva e junto comigo estavam mais alguns “americanos” dos EUA e uma canadense.
Em Porto conheci uma manezinha e seus colegas de pós-graduação da Irlanda e do Canadá. Dei carona no meu guarda chuva para um médico alemão aposentado. E no trem de volta para Hall passei informação para um casal alemão e conversei sobre o Brasil com um italiano.
Ainda encontrei algumas amigas brasileiras, a Márcia em Lisboa e a Josi e a Flávia em Aveiro.
Algumas pessoas talvez eu não encontre nunca mais. Outras nem sequer lembro o nome. A conversa gira em torno dos mais variados assuntos, mas é interessante perceber como sabemos muito pouco sobre outras culturas. E a recíproca é verdadeira, chama atenção o desconhecimento que algumas pessoas têm sobre o Brasil. Com exceção do Bruno, um português que sabia mais da história do Brasil do que eu. Obrigada a todos por aumentar a minha bagagem cada instante um pouquinho.
Fora isso, tem uma coisa que me está me deixando intrigada e que ainda não achei a explicação correta. Nenhum europeu acredita quando falo que não temos trem no Brasil. Será que alguém pode me ajudar com a resposta?

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