quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Divagando.

Há alguns anos ao contar uma conquista profissional a um homem ele olhou para mim e me disse: Se eu tivesse cabelos loiros e olhos verdes também conseguiria. Isso foi como um soco no estômago e digeri a errada mensagem que para provar para as pessoas que o meu sucesso profissional se deve ao meu conhecimento e não aos meus olhos verdes eu não precisava cuidar de mim.

Outra vez, em um jantar após contar sobre as aventuras do meu final de semana para uma ex pretendente a sogra, ela olhou para mim e disse: nossa querida, você está toda lanhada. E realmente após minhas infindáveis corridas de aventura voltava para casa com marcas espalhadas por todo o corpo, e algumas sem se quer imaginar onde eu havia adquirido.

Esta transformação já vem ocorrendo há algum tempo. Mas hoje após o meu ritual de beleza, diga-se aqui, inimaginável há 5 anos atrás, resolvi escrever sobre isso. Minhas amigas até zoavam quando comecei a trocar o tênis de corrida pelo salto alto, a pintar a unha de vermelho, a caprichar na maquiagem e a demorar mais que elas para ficar pronta. Diziam que eu estava ficando “pati”. Agora olhando para o volume de cremes que tenho em casa tenho certeza que uma mudança realmente aconteceu.

Creme para o corpo, creme para os pés, creme para mãos, solução para limpar o rosto, creme para o rosto diurno com protetor solar, creme para o rosto noturno, solução para unhas fracas. Além disso, agora, seco e escovo o cabelo toda vez que lavo e ainda passo reparador de pontas. E até de vez em quando, no dia-a-dia, uso rímel. A Keka, principalmente, ficaria orgulhosa de ouvir essa última parte.

Ainda gosto muito de esportes e não me importo em ganhar algumas cicatrizes por algumas horas de adrenalina, não é isso. Também não me tornei uma pessoa fútil que só valoriza a beleza. Talvez, agora tenha mais tempo ou é esta tal de preocupação com o tempo que despertou em mim esta mudança. O que sei é que me sinto bem fazendo todas essas coisas que não fazia antes.

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