terça-feira, 25 de maio de 2010

Campo de concentração Sachenhausen

Fui para Berlim no final de semana e talvez o lugar mais interessante da viagem tenha sido o campo de concentração Sachenhausen. Esse foi transformado em um museu a céu aberto respeitando o lugar das construções originais. Eu fiz uma visita guiada por áudio e apesar de triste foi muito interessante conhecer um pouco da história.

Este campo foi construído na forma de um triângulo eqüilátero para garantir maior segurança e serviu por muitos anos de modelo para os outros campos de concentração. O campo é como relatam os filmes, tinha até um depoimento de um padre que ao ser questionado se era realmente tão ruim assim, ele respondeu que era mil vezes pior.

O campo tinha 68 barracões e logo ficou pequeno para o número de prisioneiros que abrigava. Além das triliches, muitas vezes os prisioneiros precisavam dividir a cama. Não havia privacidade e viviam em condições precárias de higiene. Muitos morreram de fome, doenças, trabalhos forçados e outros milhares assassinados.

A visita a fossa de fuzilamento e a câmara de gás foram de arrepiar, não consegui ficar muito tempo perto do local. Ao lado, tinham quatro crematórios para dar conta da quantidade de prisioneiros que eram assassinados. Apenas um de cada três prisioneiros saiu vivo do campo de concentração.

Existia uma enfermaria e uma sala de autopsia. Faziam-se experimentos com os prisioneiros e alguns cadáveres eram escolhidos para autopsia. Principalmente os que faziam parte dos estudos e aqueles que apresentavam anomalias. Na tentativa de fazer a seleção natural homosexuais e os considerados inferiores eram castrados.

Na época, já se fazia ensaio clínico. Alguns prisioneiros eram condenados a testar as botas. Estes deveriam andar 30 a 40km com uma carga pesada para avaliar a resistência dos diferentes tipos de sola de botas.

Interessante que de 1936 a 1945 o campo abrigava prisioneiros que eram adversários políticos do nazismo e membros coletivos que eles consideravam inferiores. De 1945 a 1950, três meses após o término da segunda guerra, o campo foi ocupado pelos soviéticos e serviu de prisão para pessoas que trabalhavam para o regime nazista.

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